Tudo sobre transporte de vidros e espelhos

Transportar chapas de vidros e espelhos para a construção civil ou qualquer outro tipo de instalação é uma tarefa que requer atenção especial e cuidados específicos. Isso porque o vidro é um material frágil, pesado e perigoso. Conheça, a seguir os principais cuidados necessários para transporte de vidros e espelhos.

O transporte de vidros e espelhos exige cuidados especiais de prevenção contra acidentes, que podem acarretar em prejuízos financeiros ou, nos casos mais graves, em vítimas fatais. Como transporte podemos incluir desde a movimentação das chapas, logo após a produção, até seu posicionamento no caixilho ou moldura, no local em que cumprirá sua função, geralmente por muitos anos.

Transporte nas usinas

É preciso diferenciar o transporte de grandes chapas (tipo jumbo) que é feita do fabricante, ou usina, até o processador ou transformador, como é o caso da Portal Vidros, diferenciando esse trajeto do transporte até a vidraçaria ou ao local de instalação. Por movimentar peças muito maiores e mais pesadas, teoricamente o transporte de vidros e espelhos dos fabricantes até o processador ou transformador seria mais perigoso. Entretanto, devido a um planejamento minucioso, utilização de equipamentos adequados e utilização de protocolos relacionados a essa carga especial, são poucos os relatos, tanto no Brasil como no mundo, de acidentes que resultem em perdas materiais ou em acidentes nessa etapa. Esse fato demonstra a necessidade de adoção de medidas preventivas também na segunda etapa do transporte dos vidros até o consumidor final, geralmente de responsabilidade das vidraçarias.

Colares garantem segurança

Fabricantes de vidros e espelhos que produzem esses itens a partir das matérias primas, fornecem grandes chapas em tamanhos variados. Cada grupo de vidros ou espelhos é reunido em fardos denominados “colares”. Um colar de vidro é a união de várias chapas de tamanho e espessuras iguais, formando um único bloco de arestas cortantes, unidas firmemente por uma armação metálica. Cada colar pesa várias toneladas, podendo ser manuseado somente através de pontes rolantes ou equipamentos transportadores dimensionados para suportar esse peso.

Os colares são posicionados, ainda na fábrica, em cavaletes especiais, sempre na posição vertical, com leve inclinação de 6 a 7 graus. No transporte eles são firmemente amarrados aos cavaletes dos caminhões transportadores através de cintas têxteis específicas e/ou cabos que resistem até a duas vezes o peso da carga. Em alguns casos também são utilizados caminhões do tipo inloader, que abaixam automaticamente os cavaletes em seu destino.

Após cavaletes inteiros serem devidamente posicionados no fabricante ou processador, uma equipe treinada retira, cuidadosamente a estrutura metálica que prende tais vidros ou espelhos, liberando as chapas para que, uma a uma, possam ser movimentadas através de ponte rolante.

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Transporte após o processamento ou transformação

A maior quantidade de acidentes com vidros e espelhos acontece no transporte desses materiais já cortados, em peças menores e geralmente já lapidadas, in natura ou transformadas em vidro temperado ou laminado. Essa etapa do transporte geralmente é feita em picapes ou caminhões pequenos, tipo VUC, pertencentes às próprias vidraçarias.

Para esta etapa, os próprios fabricantes de vidros costumam divulgar recomendações a toda a cadeia, com o propósito de evitar acidentes e preservar a integridade dos vidros.

A primeira regra passada pelos fabricantes é de que os vidros devem ser acomodados em cavaletes dimensionados para o peso que irão receber. Tais cavaletes devem ser fixados firmemente no meio de transporte.

Outra recomendação importante, por parte dos fabricantes para o transporte adequado, é a de nunca transportar chapas deitadas. Elas devem ser sempre posicionadas em pé, com leve inclinação, apoiadas e travadas nos cavaletes.

Os cavaletes devem ser mantidos sempre em boas condições, isso exige trocas constantes do emborrachamento que o reveste, evitando que as bordas dos vidros entrem em contato direto com o metal.

Boas práticas

Processadores e transformadores, como a Portal Vidros, também repassam recomendações e procuram dar exemplo.

Os vidros temperados fornecidos pela Portal, por exemplo, são fornecidos com protetores de bordas encaixados e intercalários entre peças, para evitar danos por pancadas ou riscos por atrito.

Além disso, recomendam que, no transporte de vidros, sejam utilizados os EPIs necessários, que podem incluir luvas e mangotes anticorte, botas, óculos de segurança e, caso os vidros sejam erguidos acima da altura da cabeça dos carregadores, também o capacete.

É recomendado também que não sejam misturados tipos de vidros, com as peças mais robustas e maiores posicionadas na base do cavalete dos veículos. E que cada tipo de vidro receba o cuidado diferenciado que exige: o vidro temperado 8 ou 10 mm, por exemplo, suporta maior pressão que espelhos lapidados de 4 ou 6 mm, que podem se quebrar até mesmo com uma rajada de vento forte, ou com um aperto mais acentuado da cinta de amarração.

Decretos do Contran

Existem também regras importas por decretos e leis, criados para tentar evitar acidentes com cargas diversas, incluindo o vidro. Atenção especial devem ser dadas a elas, pois podem gerar multas e apreensões.

Uma lei do Conselho Nacional de Trânsito, denominada resolução 552, que passou a valer em 2018, por exemplo, estabelece várias regras para amarração das cargas transportadas em picapes e outros veículos de carga. O problema é que, mesmo sob risco de multas, muitas vidraçarias não seguem tais exigências.

Amarrações

A proposta da resolução 552 é regulamentar a amarração de cargas para aumentar-se a segurança no transporte brasileiro. Segundo ela, as cargas devem estar devidamente amarradas, ancoradas e acondicionadas no compartimento de carga, não podendo ser feitas do lado de fora do veículo.

As cordas foram abolidas por essa resolução para a amarração dos vidros, devendo ser utilizados somente cintas têxteis, ganchos adaptados, cabos de aço ou correntes, dependendo de cada caso. As cordas somente são admitidas para segurar o enlonamento de toda a carga, já devidamente amarrada.

Outro ponto importante da resolução 552 é a fixação das pontas da cinta têxtil, que não pode ser fixada nas parte de madeira da carroceria, mas sim em pontos de fixação metálicos, sempre firmemente presos à estrutura do veículo.

Essa mesma resolução também determina que a altura da carga, no caso de utilização de picapes, não ultrapasse o limite de 500 mm acima do topo da cabine. Nesse caso, a medição é feita do centro da cabine até o topo da carga.

Movimentação na obra

É importante tentar antecipar todas as dificuldades para o transporte de vidros e espelhos na obra ou local de entrega, evitando a necessidade dos trabalhadores terem de caminhar por muitos metros, geralmente em locais estreitos, com peso excessivo.

Grandes peças devem ser movimentadas por dois ou mais trabalhadores e, se preciso, com utilização de ventosas manuais ou pressurizadas. O içamento de vidros pelo lado externo também é uma possibilidade, com os vidraceiros tendo a opção de contratar empresas especializadas para essa tarefa.

Em nenhuma hipótese o vidraceiro deve subir escadas móveis com mais de um metro de altura carregando vidros. Essas situações são previstas nas normas regulamentadoras NR-11 – Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais e NR-35 – Trabalho em altura.

A Portal Vidros recomenda a prevenção como melhor forma de se evitar prejuízos e acidentes no transporte de vidros e espelhos. E está sempre disposta a ouvir e apoiar seus clientes em iniciativas nesse sentido. Utilize nossos canais de comunicação se for o seu caso.

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