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Todos os vidros são recicláveis? Quais não são e por quê?

todos os vidros são recicláveis, mas vale a pena?

Estudos comprovam que os cacos de vidros recicláveis pode ser presente em até 80% do novo vidro, reduzindo o uso de matérias-primas retiradas da natureza, incluindo a areia. Mas, será que todos os vidros são recicláveis?

Segundo a Associação Brasileira das Empresas Automáticas do Vidro (Abividro), o vidro é a melhor opção para reciclar: “com um quilo de vidro, é possível produzir outro quilo de vidro sem emitir CO2 extra para a atmosfera, o que só reitera a importância de incentivar e reciclar esse material tão único”, informa uma publicação específica sobre vidros recicláveis dessa entidade, que também afirma que 100% dos vidros pode ser reaproveitado.

O vidro é um material amigo da natureza

O vidro já é um produto amigo da natureza por excelência. Quando aplicado em fachadas, por exemplo, ele ali permanece em “estado de novo” por várias décadas. Isso sem deteriorar-se, sem exigir pintura ou outro tipo de manutenção que consuma recursos naturais. E também sem que seja preciso sua substituição após prazo determinado. Isso sem falar que a maioria dos vidros aplicados na construção aproveitam a luminosidade natural e que, alguns tipos de vidros recicláveis, possuem capacidade de barrar o calor e o som, permitindo economia de energia elétrica.

Todos os vidros são recicláveis, mas nem todos compensam

Existe muito a se falar sobre os vidros recicláveis para a indústria de embalagens e garrafas. E, geralmente, nos pontos de coleta desse tipo, que são maioria no Brasil, costumam divulgar que nem todos os vidros são recicláveis. Dentre os vidros planos que divulgam não serem recicláveis estão: espelhos, vidros temperados, vidros laminados (especialmente para-brisas de automóveis) e vidros refletivos. É preciso entender que, para os funcionários desses pontos, essa é uma realidade.

Todos os vidros são recicláveis? Quais não são e por quê?

Porém, podemos destacar que existem técnicas desenvolvidas capazes de promover a reciclagem de cada um dos vidros recicláveis tidos como “não recicláveis” por vários desses pontos de coleta.

Reciclagem de “vidros planos”

Dedicaremos esta matéria exclusivamente a abordar a questão da reciclagem para os clientes da Portal Vidros, que trabalham com vidros planos. E o primeiro ponto desfavorável é que vidros planos, incluindo vidros laminados, espelhos, temperados e refletivos em geral precisam ser reciclados em centros especializados.

Tais centros especializados precisam ser viáveis economicamente. Devido a isso, precisam trabalhar com três fatores: volume, logística (distâncias a serem percorridas) e custos operacionais (captação, beneficiamento e transporte). Deve ser destacado que o vidro, por ser um material pesado e cortante, deve ser manuseado com a adoção de todas as medidas de segurança adequadas a esse material.

Além disso, os centros especializados em vidros recicláveis provenientes da construção civil (vidros planos) costumam utilizar um processo mais mecanizado que os centros que trabalham somente com envasados. Alguns demandam grandes investimentos, com baixa utilização de mão de obra.

Leia também: Retalhos de vidro, 10 formas de aproveitá-los nas vidraçarias

Reciclagem de vidros laminados

Todos os vidros são recicláveis? Quais não são e por quê?

Como exemplo, temos os centros especializados na reciclagem de vidros laminados. Existe uma única recicladora no Brasil, com equipamento desenvolvido por eles mesmos, capaz de separar o material plástico desse vidro por técnica própria, sem transformar tudo em pó. As demais trituram o vidro laminado, passam ele por uma peneira e fazem a separação em um reservatório de água pois, como o vidro é mais denso que seu material intermediário, essa separação é feita, sendo posteriormente realizada a retirada e secagem do vidro depositado no fundo.

Somente por esse exemplo, que pode ser aplicado aos outros tipos não aceitos, é possível entender-se o motivo da maioria dos pontos de coleta brasileiros preferirem não entrar em detalhes técnicos quando o assunto é reciclagem. É muito mais compreensível para o grande público informar que certos materiais não são recicláveis.

Volume e logística

A coleta de vidros planos geralmente é feita em Ecopontos, quando prefeituras tomam a iniciativa de criar locais estruturados para a população descartar seus resíduos. Ou através de cooperativas, quando são deixados tambores ou caçambas apropriadas para acondicionamento desse material, que será coletado ou comprado junto com outros materiais.

Um agravante é que é fundamental que o meio de transporte dos vidros recicláveis seja adequado às distâncias a serem percorridas até a indústria que irá receber os cacos. A indústria vidreira, em geral, para otimização de seus esforços, somente recebe volumes superiores a quatro toneladas, que somente podem ser entregues em poliguindastes, caminhões carga seca, caminhões basculantes ou do tipo Roll-on roll-off.

Recicladores recebem ou pagam

Como é possível calcular, quanto mais distante a beneficiadora ou transformadora trabalha da indústria vidreira fabricante dos vidros, que é quem irá derreter os casos ou o “pó de vidro” para produção de novo vidro plano novo, maior é a dificuldade de uma empresa recicladora especializada se instalar.

É por isso que muitos vidraceiros ouvem colegas, geralmente localizados em cidades próximas das fabricantes, informarem que suas sobras de vidro são, em muitos casos, compradas. Enquanto que estes precisam pagar para se livrar dessas sobras de forma adequada e que não gere multas por órgãos ambientais.

Parcerias locais para reciclagem

Para contornar algumas dificuldades locais, muitas transformadoras de vidro acabam fazendo parcerias com empresas de outros ramos. Uma delas, por exemplo, fornece pó de vidro retirado do processo de reciclagem de água ou de suas sobras que são moídas para uma empresa fabricante de blocos de concreto que, por sua vez, obtém blocos diferenciados. Outras ações como essa poderão ser implantadas com criatividade e benefício mútuo. Preferencialmente com estímulo de órgãos públicos e ambientais.

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