Ao longo do tempo, a variedade dos materiais utilizados nas ferragens tornou-se evidente. Desde o latão até o zamac e o alumínio, cada material trouxe características distintas e recentemente, as ferragens de polímero também agregaram uma opção inovadora ao mercado, equilibrando durabilidade e custo.
Ferragens para vidros temperados desempenham um papel muito importante, proporcionando não apenas funcionalidade, mas também segurança e estética. Ao explorar esses componentes, é fundamental começar pela evolução das ferragens ao longo do tempo, que foi marcada por inovações que não apenas sustentam o vidro temperado, mas também elevam seu potencial estético e funcional. Vamos explorar neste blog o fascinante universo das ferragens para vidros temperados e como sua história se entrelaça com a evolução do design arquitetônico e da segurança estrutural.
As raízes históricas: Padrões 1000, 2000 e 3000
Adentrando ao passado, encontramos as sementes das modernas ferragens para vidros temperados, uma história que se desenrola desde as pioneiras linhas 1000 até a consolidação das renomadas 2000 e 3000, fixadas sobre furos e não sobre recortes no vidro. Essas linhas, mais do que produtos, representam marcos na evolução da segurança e estética na aplicação de vidros no Brasil.
Linha 1000: Pioneirismo e inovação brasileira
As ferragens padrão Santa Marina, também conhecidas como linha 1000, foram os primeiros alicerces desse avanço tecnológico no Brasil. Elas marcaram o ponto inicial da utilização de vidro temperado, destacando-se pelo pioneirismo e inovação. A introdução dessas ferragens possibilitou a fixação de vidros sem a necessidade de molduras, uma mudança significativa no paradigma do design arquitetônico.
O numeral 1 que inicia a numeração dessas ferragens tornou-se sinônimo de confiança e durabilidade. A linha 1000 abriu caminho para uma nova era, onde a transparência e a resistência do vidro eram combinadas de maneiras antes inimagináveis. E esse padrão em ferragens continua até hoje como referência.
Linhas 2000 e 3000: Consolidação da modernidade
Posteriormente, as linhas 2000 e 3000, entraram em cena, consolidando-se como referências complementares no mercado. Essa consolidação não ocorreu apenas devido à qualidade técnica, mas também à estética que proporcionavam.
Ao ampliar as possibilidades de escolha, essas opções oferecera, às mentes criativas da arquitetura e design uma tela mais vasta para expressão. A numeração iniciada com os numerais 2 e 3 transformaram as ferragens em elementos de design, uma fusão perfeita entre utilidade e beleza.
A Evolução dos materiais nas ferragens para vidros
A história das ferragens para vidros temperados é também uma narrativa fascinante de variedade de materiais, desde a transição de latão até polímeros inovadores. Cada material trouxe consigo não apenas uma mudança na durabilidade e funcionalidade, mas também influenciou diretamente o design e a aplicabilidade dessas ferragens.
Ferragens de Latão: A era dos pioneiros
As ferragens de latão foram os fundamentos iniciais. Duráveis e resistentes, essas ferragens eram pioneiras em garantir a estabilidade dos vidros temperados. Contudo, sua era foi marcada pelo desafio do custo. Embora oferecessem robustez, a demanda por alternativas mais acessíveis e igualmente eficazes impulsionou a busca por novos materiais.
Zamak (ou Zamac) e Alumínio: A revolução na leveza
O advento do Zamak (ou Zamac) e do alumínio marcou uma revolução na leveza. Esses materiais, além de serem mais econômicos e fáceis de moldar, trouxeram consigo a vantagem de reduzir o peso geral das ferragens. Isso não apenas facilitou a instalação, mas expandiu as possibilidades de design, permitindo estruturas mais elaboradas e esteticamente agradáveis.
O Zamac, uma liga de zinco, alumínio, magnésio e cobre, tornou-se uma ótima escolha devido à sua versatilidade e capacidade de moldagem. O alumínio, conhecido por sua resistência à corrosão, adicionou um elemento de durabilidade à equação. Juntos, esses materiais foram peças-chave na evolução das ferragens para vidros temperados.
Ferragens de Polímero e aço inox: as inovações desta década
O surgimento das ferragens de polímero automotivo, lançadas pela AL Indústria e, posteriormente adotadas por outras, representa uma inovação marcante no século. O polímero automotivo, até então utilizado em para-choque e outros componentes de automóveis, por sua natureza moldável e resistente, trouxe uma nova dimensão ao design. Sua introdução não apenas reduziu custos, mas também permitiu formas mais criativas e personalizadas no design.
As ferragens de polímero não são apenas leves; são resistentes e adaptáveis. Essa mudança não é apenas técnica, mas também estética. A capacidade de moldar o polímero de acordo com as necessidades específicas de um design de vidro é uma virada de jogo na flexibilidade e adaptabilidade das ferragens.
Outra novidade desta década para as vidraçarias foram o surgimento de novos modelos de ferragens de aço inox, material antes reservado somente a projetos exclusivos. Sua popularização permitiu também a entrada das vidraçarias em outros nichos de mercado, como o de montagem de barreiras de passagens de vidros temperados e guarda-corpos de vidros laminados.
ABNT NBR 16835: O Futuro normatizado
A evolução dos materiais não é apenas uma narrativa técnica; é uma parte vital da busca contínua por normas mais rígidas e seguras. A futura norma ABNT NBR 16835, ainda em processo de aprovação, reflete a conscientização da necessidade de padrões mais elevados. Ela não apenas padronizará os materiais, mas também estabelecerá critérios rigorosos de desempenho.
Esta norma não é apenas uma resposta à evolução dos materiais, mas também uma precursora da próxima era nas ferragens para vidros temperados. Ela oferecerá garantias de segurança e desempenho que devem acompanhar esses materiais inovadores. Uma de suas determinações, por exemplo, será a obrigatoriedade de se inserir a marca do fabricante em cada peça, facilitando a rastreabilidade e identificação dos bons produtos.
Ao observarmos a evolução dos materiais, vemos uma saga de inovação contínua, onde cada novo componente não apenas supera as limitações do anterior, mas abre novas portas para a expressão criativa e funcionalidade no mundo do vidro temperado.
Caminhos para o futuro: Sustentabilidade e Design
O futuro das ferragens para vidros temperados se desenha com uma ênfase crescente na sustentabilidade e no design inovador. Com materiais mais eco-friendly e soluções que elevam a estética, a indústria se prepara para continuar desafiando os limites da transparência e resistência.
A utilização crescente de ferragens em barreiras e guarda-corpos destaca-se como uma tendência importante. Modelos como botões prolongadores e torres modulares de aço inox tornaram-se populares para sustentar vidros temperados em barreiras de passagens, atendendo a requisitos específicos de segurança.
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